Saturday, May 01, 2010

DOE

Hoje, partimos da homegrown eu, Markito, Leandro Pagliaro, Lets, Flavia e suas duas amigas entregar as doações para os desabrigados em Niterói.
Lá encontramos Mumu, vocalista da banda Nayah, que nos recebeu com muita energia e foi nosso anfitrião. Nos conduziu para o morro do Bumba, para vermos pessoalmente o que sobrou, ou o que não sobrou, porque a devastação foi completa. Destroços e muita terra era o cenário. O clima era pesado e de devastação, mas era indispensável vermos e dar mais sentido a nossa ação.
De lá partimos para executar a doação, mas ainda sim não encontramos com facilidade alguém para recebê-las, mas no final acabamos achando um dos espaços. Lá fomos muito bem recebidos e foi o momento de maior felicidade. Por ver tantas milhares de garrafas de água, papel higiênico, cestas básicas sendo montadas, roupas, até geladeira. E vários voluntários ajudando e organizando tudo issu junto ao comandante Amaral, que em pleno sábado de sol e feriado chefiava e certificava que realmente estava tudo seguro e sendo bem feito. Ao mesmo tempo que vemos pessoas vivendo a vida sem olhar para os lados e sem dar atenção aos fatos reais, conhecemos pessoas que pensam no próximo, que se preocupam e fazem diferença, pessoas que ajudam sem recompensas e medalhas e conhecem a realidade.
Uma tarde intensamente positiva, com ótimas companhias e praticando o bem. Comandante Amaral fez uma observação dita por nos também nas nossas convocações para o ato. Que no inicio do pós tragédia, as doações foram intensas, enquanto a imprensa achava interessante o acontecido, mas passado o tempo de”interesse” eles tiram da primeira pagina e a cada dia que passa a historia ganha menos espaço no jornal, e automaticamente as pessoas esquecem, e as doações diminuem consideravelmente, mas o povo que perdeu tudo, o povo que ainda precisa, que ontem eram mais de 3.000 desabrigados, continua no veneno, no perrengue máximo, sem banheiro, sem comida, sem roupa, sem meia, sem travesseiro. Não tem mais geladeira, nem fogão, mtu menos uma cozinha, sem moradia, e o mais trágico, perderam familiares que são insubstituíveis. E é agora que precisamos ajudá-los, porque nada mudou, apenas a imprensa descobriu outro “assunto mais interessante” para divulgar....
Cabe a nos tomar a frente e AJUDAR. Ajude, ainda pode, ainda dá tempo, de sobra.